A sociedade vai conhecer melhor as instituições de ensino que realmente
ajudam os alunos a melhorar nos estudos. Isso será possível com novos
indicadores propostos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) e pelo Ministério da Educação. A medida foi
anunciada em entrevista coletiva de divulgação das notas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, edição de 2014. Participaram
da coletiva o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o presidente
do Inep, Chico Soares, e o presidente do Conselho Nacional de
Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.
Tiveram os
resultados divulgados 15.640 escolas, que reúnem 1.295.954 estudantes
que fizeram o Enem em 2014. O indicador de permanência na escola mostra
se o estudante cursou total ou parcialmente o ensino médio no mesmo
estabelecimento de ensino. Outra inovação é a inclusão das taxas de
rendimento (aprovação, reprovação e abandono), levantadas pelo Censo
Escolar da Educação Básica e disponíveis no portal do Inep, no sistema
de divulgação, para facilitar a consulta.
"A informação sobre as
escolas é importante para que conheçamos aquelas que oferecem educação
de qualidade durante todo o ensino médio e aquelas que, simplesmente,
selecionam alguns para cursarem apenas o 3º ano", destacou o presidente
do Inep.
Há dois outros indicadores, lançados anteriormente: o nível
socioeconômico (Inse) e a formação docente. "Queremos mostrar esses
dados para explicar que não basta olhar para o ranking puro e achar que
as escolas em posições inferiores estão ruins. É preciso entender, por
exemplo, fatores externos, como a loteria de nascer nas classes menos
favorecidas", afirmou o ministro Renato Janine Ribeiro. "Se nós
colocamos os dados sem levar em conta a condição social dos alunos, nós
estamos entendendo que uma escola é melhor quando, na verdade, ela não é
melhor. A condição social dos alunos é que é melhor. E sobre esse
ponto, a capacidade da escola intervir é muito baixa", disse.
O
ministro lembrou, ainda, que pode ser considerado uma evolução alguém
"que entrou na escola com uma nota 200 e depois conseguiu atingir 400,
em vez de outra pessoa que entrou com 400 e chegou a 500".
Já o
presidente do Inep explicou que "as escolas de ensino médio brasileiras
formam um conjunto heterogêneo, principalmente em relação às
características socioeconômicas de seus estudantes, e esses fatores
precisam ser levados em consideração".
Conteúdo integral
disponível em:
http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/sociedade-conhecera-melhor-as-escolas-que-oferecem-educacao-de-qualidade-no-brasil?redirect=http%3a%2f%2fportal.inep.gov.br%2f
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