Em evento na Amcham, em São Paulo, ministro defende mudanças no ICMS e PIS/Cofins e diz que trabalho do BC já rende frutos
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse na manhã desta sexta-feira (14) que a economia brasileira está se reequilibrando e que os principais riscos do começo do ano, como os relacionados à Petrobras, o risco de apagão, o risco fiscal e o da perda do grau de investimento pelo país, retrocederam. “Eu diria que esses riscos foram grandemente reduzidos, se não foram completamente eliminados”, afirmou Levy.
O ministro participa, juntamente com o economista Delfim Netto, do evento “Encontro Amcham: O que fará o país crescer após os ajustes?”, na sede da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. Mais de mil empresários estão presentes.
Levy reiterou que a recessão começou em 2014 e não foi provocada pelo ajuste fiscal; o rearranjo fiscal, ao contrário, deve fazer a economia caminhar. Ele afirmou que a presidenta Dilma Rousseff apoia a agenda do ajuste. “A presidenta está convicta da necessidade dessa prioridade”, disse Levy, acrescentando que Dilma “teve a coragem de pôr em segundo lugar sua popularidade e em primeiro as coisas que o país precisa para continuar avançando”.
Levy também citou a recuperação do setor externo, lembrando que a agência de classificação de risco Moody’s destacou que a solidez externa do país foi fundamental para a manutenção do grau de investimento do Brasil.
Outro ponto abordado pelo ministro em seu discurso foi a questão tributária. “O fato de a nossa arrecadação depender muito de impostos indiretos impacta a inovação”, argumentou. “Imposto é uma das coisas mais importantes para a decisão de negócios.”
Levy disse que a mudança principal do ICMS que está sendo proposta é a cobrança do imposto no destino, e que a guerra fiscal "é uma corrida armamentista que leva para o fundo do poço". Já o PIS/Cofins, explicou ele, será um imposto para valor agregado e o objetivo da reforma desses dois tributos será a neutralidade na carga tributária.
O ministro falou também do trabalho do Banco Central no controle das expectativas de inflação. “As expectativas começam a convergir para a meta”, afirmou.
Fonte: Ministério da Fazenda
Disponível em: http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/2015/agosto/economia-se-reequilibra-e-riscos-diminuiram-ajuste-fara-brasil-caminhar-diz-levy
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